anita1112131

 
registro: 06/06/2015
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Último jogo

Ar tóxico

Em uma cidadezinha vivia um homem que nunca se irritava nem discutia com ninguém. 
Ele morava em uma modesta pensão, onde era querido e admirado por todos, justamente por sempre encontrar uma saída cordial para não se aborrecer com as pessoas.


Para testá-lo, um dia seus amigos combinaram armar uma situação que, certamente, o levaria à irritação. Convidaram-no para um jantar e trataram todos os detalhes com a garçonete, que seria a responsável por atender à mesa reservada para a ocasião. 

Assim que iniciou o jantar, como entrada, foi servida uma saborosa sopa. 
A garçonete se aproximou do homem, pela esquerda, e ele prontamente levou seu prato para aquele lado, a fim de facilitar a tarefa. 
Mas ela serviu todos os demais e, quando chegou a vez dele, foi embora para outra mesa.


Ele, calmamente e em silêncio, esperou que a moça voltasse. 
Quando ela se aproximou, agora pela direita, para recolher o prato, ele levou outra vez o seu na direção da funcionária, que novamente se distanciou, ignorando-o.

Após servir todos os demais, passou a seu lado, acintosamente, com a sopeira fumegante, exalando o saboroso aroma. 
E, como havia terminado sua tarefa, voltou à cozinha. 
Naquele momento não se ouvia qualquer ruído. 
Todos observavam, discretamente, para ver sua reação.

Para surpresa dos amigos, o homem, educadamente, chamou a garçonete que se voltou, fingindo impaciência, e lhe disse: 
"O que o senhor quer?" 
Ao que ele, naturalmente, respondeu: " a senhora não me serviu a sopa". 
E ela, para provocá-lo, retrucou: "Servi, sim senhor!" 
Ele então olhou para a garçonete e em seguida contemplou o prato vazio e limpo, ficando pensativo por alguns instantes...

Todos apostaram que agora ele iria brigar... Suspense e silêncio total. 
Mas o homem, mais uma vez, surpreendeu a todos, ponderando tranquilamente: 
"É verdade, a senhorita serviu sim, mas eu aceito um pouco mais!"

MORAL DA HISTÓRIA: Na maioria das vezes, não importa quem está com a razão. 
O fundamental é evitar discussões desgastantes e improdutivas. 
Muitas brigas surgem motivadas por coisas insignificantes, que se avolumam e inflamam com o calor da discussão. 
Pense nisso: a pessoa que se irrita aspira o ar tóxico que exterioriza e envenena a si mesma. (d.a)

REFLEXÃO: "Momento mágico da alma" por Fernando Vidya