Quando se despedir é aprender a renunciar
Acabou. A vida real não é esse filme de romance feliz , nem esse livro em que os relacionamentos são para sempre. Na vida real, o amor, em todas as suas vertentes, nem sempre é suficiente, e ter que se despedir é bastante comum. O difícil é quando já não há espaços para um possível retorno. Inclusive, às vezes a despedida chega como lei de vida. O complicado de uma despedida não é a ação de dizer ‘adeus’, é aprender que esse adeus significa abrir mão e continuar.
Cortando relações
Nos sentimos desprotegidos quando descobrimos que a nossa verdade se modifica continuamente, que a felicidade não é constante e que mais cedo ou mais tarde, todos seremos obrigados a perder para poder continuar ganhando.
As pessoas que chegam também podem ir embora, assim como quando chegamos nós também podemos ir embora. O que resta é o que a pessoa nos ensinou e o que ensinamos a ela, bom ou mau: é preciso abrir mão do que deixou de ser, aceitar e aprender a continuar vivendo com a parte que fica.
Tudo o que envolve dizer adeus
Despedir-se é um dos momentos mais duros pelos quais teremos que passar, dado que envolve muitas outras coisas que alimentam o nosso ego. Despedir-se envolve liberar algo que não queremos liberar e que queremos que continue estando ali.
Dizer adeus significa querer dizer algo que não conseguimos e definitivamente, despedir-se é viver tudo o que não chegamos a viver e que sempre sentiremos falta.
Perante isso nos resta a força e a coragem que todos nós possuímos. Todos somos capazes de olhar para o futuro, por mais escuro que seja, e ter a coragem de enfrentar a luta, para sermos felizes de novo.
Aprender a se despedir é crescer
Às vezes, nem sequer temos tempo de nos despedirmos: pela lei da vida.
Outras vezes, estamos nos despedindo antes de ter consciência disso.
https://www.youtube.com/watch?v=wZRvQLJkcVY
https://www.youtube.com/watch?v=mlnSwyvLEH0
A prova da despedida, é ver a nós mesmos sendo felizes depois de dizer ‘adeus’. Quando isso acontecer, teremos passado por um lento processo de cura interior, procurando o que nós fomos, o que queremos e o que podemos ser para nós mesmos.
Nós crescemos porque tudo o que nós vivemos foi bom até o adeus, crescemos porque nos machucaram e conseguimos nos reconstruir, crescemos porque nos demos conta de que a vida só tem sentido quando ainda temos vontade de vivê-la.